A MORTE DO AMOR
Desalento exposto a se desenhar no rosto infeliz
Qual viola a que se dedilha sem suas cordas
Qual perfume a que perdeu sua fragrância de outrora
E agora de nada adianta buscar água a matar sua sede
O poço então secara
Mas, por quê?
É simples!
Faz-se, pois lógico!
Para tudo
Para todos
Quando não se ama
No tempo... não se prolonga
E logo-logo... se cansa
Impossível continuar inalar para sempre
O repugnante odor do cadáver
Já desde o início... de sua putrefação
O velório, ah! eis que tanto se estende
(do motivo o qual se desconhece)
Ao que agora
Só resta mesmo... enterrar!