O velho moinho de vida
No silêncio da noite contemplo o barulho do Silêncio,
Nas conquistas perdidas arrumo forças para lutar,
No frio que congela encontro o calor ,
Na solidão companheira acho ombro amigo que me escuta,
No choro do recém-nascido vejo melodia que acalma ,
Na tristeza de uma lagrima eu encontro soluções para problemas,
Na pequena flor murcha no jardim eu vejo sinal de ressurreição
No arco-íris cinzento eu sinto que os tempos mudaram,
No mendingo da praça eu vejo a mais triste poesia,
No barulho das buzinas eu vejo a contra mão da história,
No vai e vem de pessoas eu sinto que o progresso já é passado,
Nas crianças correndo no campinho parece que o tempo passou ,
Nas aves de aço que cortam o céu eu sinto que a natureza virou utopia ,
Nos animais nos zoológico vejo apenas bichos empalhados nas mesas dos ricasos,
Na política sorrateira nos deparamos com os mesmos vilões cartolas e corruptos
Vejo o jornal que me dar enteder que é matéria passada e repassada
Onde estou ? Quem sou eu? O que eu fiz ? O que fizemos? Como fizemos? Por que isso ? Pra que aquilo? Como faço? O que sou eu ? Pra que sou eu? Eu sou para que ?
A vida é um moinho que vai trazendo para dentro do peito canções passadas , poesias declamadas , vitórias conquistadas, bagunças arrumadas, o mundo é um velho moinho.