Imperfeição

Tento não deixar me afligir pelos últimos acontecimentos...

Mas é inevitável não me entristecer.

Por que as coisas têm que ser assim?

O mal abalando as nossas estruturas.

No reflexo de cada um percebo e vejo a dor fazendo morada.

Por mais que me esforce, ao menos tento manter o foco naquilo que é simples, no que de fato acredito ao menos tentar amenizar...

Confesso que, às vezes, balanço e estremeço.

Indo em busca de um novo ar para respirar, mergulhando no que há aqui dentro, para manter a essência da criança que já fui um dia e voar para bem longe, onde apenas sinta o orvalho se misturando ao perfume das flores, e desvanecer essa escuridão que teima em me rodear.

Então, abro as minhas asas.

E voo em um rasante profundo para longe de toda essa atmosfera cinzenta e asfixiante.

O vento batendo em meus cabelos...

A brisa leve e refrescante tocando em meu rosto.

Este mundo é só meu!

Algo me diz que preciso continuar aqui,

Mesmo com alguém me chamando ao seu encontro.

Luto para sobreviver a minha maneira, permitindo-me até a exaustão.

Então, abro as minhas asas e voo...

Deixando para trás o sofrimento, ou até mesmo fingindo que ele não está presente.

Esse foi o modo que eu encontrei para sobreviver.

Só queria compreender, por que o ser humano, às vezes, ou quase sempre, é tão frio e calculista, ao ponto de magoar, machucar e matar?

Eu sinto muito...

Eu sinto tanto em que tenhamos que passar por tudo isso.

Nos sonhos que construí, a realidade era bem diferente...

Onde tudo mais era realizado e havia mais luminosidade.

O que ficou são apenas lembranças, de que nada mais será como antes...

O que há são apenas cicatrizes...

E fotos que vão se amarelando com o tempo.

Ficaram para trás todas as alegrias perdidas...

Os desejos deixados em um canto empoeirado da sala e uma vida pela frente pereceu em um sopro pela névoa enegrecida que teima em cair.

Eu só queria dormir...

Para que quando acordasse, sentisse aquela sensação de um pesadelo ruim.

Os meus voos são sempre solitários...

Almejando encontrar alguém para tocar a minha mão...

Algo me diz que preciso continuar aqui,

Mesmo com alguém me chamando ao seu encontro.

Luto para sobreviver a minha maneira, permitindo-me até a exaustão.

Então, abro as minhas asas e voo...

Deixando para trás o sofrimento, ou até mesmo fingindo que ele não está presente.

Esse foi o modo que eu encontrei para sobreviver.

Constantemente...

O desespero me atormenta...

Na escuridão de meus dias.

O que há de errado?

Que pecado cometi?

Só queria te encontrar...

Olhe profundamente em meus olhos e me responda:

O que será mesmo a solidão de quem anda perdido pela imensidão do universo e não sabe como se encontrar?

Não se engane com o brilho em meu olhar...

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 19/06/2018
Código do texto: T6368051
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