NA ESTRADA DA VIDA...
...
MAIS UM AMANHECER







 
Estradas, estradas, onde me levas?
Ora tão retas afunilam-se no horizonte.
São planas, mansas e assim não me cansas
Alivia-me a alma e relaxo a vista.

Noutras, me deixas zonza em curvas...
Entortas em “s”, em “p ou q” ou nem se nota
Logo aparece os aclives e os declives...
Exaustivamente íngremes ou em rampas

Nos íngremes a cruz pesa, nas rampas freios geme
A cada ciclo, a cada tempo e em sua estação
Subindo ou descendo observa-se o leme
É prudência plantando esperança ao coração. 

Estradas que a vida obriga-nos a seguir, então...
Uns conclui que é destino e outros, escolha.
Sendo uma ou sendo outra... Ah, estradas!
Perigosamente serpenteias... Traiçoeira.

Estradas... Estradas... Estradas...
Há tantas que nem permite paradas
Noutras... Não há retornos nem placas.
Só os predestinados chegarão até ao fim.

Ao fim?  Que fim?
Mas, e "se Deus é por mim?"
Haverá fim?

 
 
 
 






Garanhuns, 19 de junho de 2018.
Aurora chegou... Nessa "estrada" não dá para parar.
Bom dia... [Se Deus é por nós quem será contra nós?]
Já é inverno...
Míriam DOliveira
Enviado por Míriam DOliveira em 19/06/2018
Reeditado em 23/06/2018
Código do texto: T6367968
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