"Eu sou como você que me ouve agora"
Meu coração ainda grita mais alto do que todos os livros que li e que a coerência e sensatez que os 30 anos podem proporcionar a alguém, e por ser uma entusiasta da lógica e da razão, por muito tempo aparei as asas do meu íntimo, gritava “coração, fique quieto! Pare de ser fraco!” Ele não sabia como lidar comigo, com minha falsa arrogância, com minha covardia de deixá-lo tão oprimido.
Só mais tarde fui descobrir que todas as pedras que ele recebia, sem que eu as impedisse, todos as feridas que não cicatrizavam por minha causa, tornava-o mais certo de sua natureza. Sua força consistia nisso, em ser todo coração.
Fui descobrindo que ele era meu meio mais doce de me relacionar com a natureza e a forma mais trágica, porém verdadeira, de me conectar com as pessoas. De um jeito que, quando as via realizando um sonho, eu me emocionava como se aquele sonho fosse meu e o meu peito se enchia de contentamento, como se todas as coisas fossem, na verdade, uma só.