Quem fala por nós?
Muito se tem falado sobre o auxílio moradia para os juízes. Acredito que nem eles próprios tenham dúvidas de que esse “penduricalho” seja injustificável, apesar de ser legal. E o fato deles aceitarem essa situação coloca em cheque seus sensos de justiça, Contudo, a população apesar de protestar aleatoriamente, não exige com veemência que se extinga esse e outros privilégios pagos a servidores públicos.
A senadora Gleisi Hoffmann é crítica contumaz dessa verba para juízes, principalmente do Sérgio Moro. Aliás, essa atitude da senadora por si já demonstra que ela não se preocupa com os contribuintes e que isso se trata apenas de disputa pessoal.
Existem outras provas do cinismo da senadora. Vejamos quais foram seus “penduricalhos em 2017:
Aluguel de imóveis para escritório político - R$ 62.758,54
Aquisição de material de consumo - R$ 17.643,01
Locomoção, hospedagem, alimentação, combustíveis - R$ 74.146,04
Contratação de serviços de apoio ao parlamentar - R$ 64.644,01
Divulgação da atividade parlamentar - R$ 240,00
Passagens aéreas, aquáticas e terrestres nacionais - R$ 157.565,08
Total - R$ 376.996,68
Além disso:
Viagens Oficiais - R$ 20.516,17
Diárias - R$ 14.809,60
Esses gastos dão uma média mensal de R$ 34.360,00, bem superior portanto aos R$ 4.000,00 pagos aos juízes a título de auxílio moradia. Além disso, são gastos totalmente desnecessários e obscuros para nós contribuintes.
Fonte: http://www6g.senado.leg.br/transparencia/sen/5006/?ano=2017#conteudo_transparencia
Se a excelentíssima senadora propusesse o fim desses privilégios para deputados e senadores, ela teria fortes argumentos para extinguir o auxílio moradia para os juízes.
Quem fala por nós? Como disse Caetano Veloso:
“Quando a gente gosta
É claro que a gente cuida
Fala que me ama
Só que é da boca pra fora
Ou você me engana
Ou não está madura
Onde está você agora?”