Um profano no céu
Três e trinta da tarde. Carlos não aguentou a pressão. Sua família era contra sua sexualidade. Ele estava a um ponto de ser expulso de casa. Seus amigos o deixaram. Era vergonhoso ser um amigo de um gay. Carlos se matou.
Carlos se surpreendeu. Chegou ao céu. Foi recebido com festa por Mãe Maria e Jesus. Os dois Santos o abraçaram e disseram: acabou meu amado filho, não se preocupe, aqui te aceitamos. Eu te fiz assim, e desse jeito eu te amo.
Carlos não acreditou, mas ele descobriu que todas as minorias foram uma criação do Pai para testar os Seres Humanos. E lá descobriu que a maioria estava reprovada.
Carlos foi perdoado. Não por ser gay, mas por ser um ser humano que tem seus desejos, que respeita, que vive e pensa. Foi perdoado não por ser gay, porque sua sexualidade fazia parte apenas de uma das milhares de características que o definiam.
Carlos também perdoou, e conheceu na essência que o simples fato de respeitar poderia ter mudado tudo.
Carlos está com Deus agora, não por ser gay, mas por ser filho.
O inferno? Deixemos para o Diabo decidir!