MUDANÇAS
A internet, mudando o monólogo da antiga mídia para um diálogo versátil como uma forma participativa de discurso em massa, está construindo uma civilização da mente refletindo alguma forma de geografia, por ser uma exploração poderosa para pessoas livres oferecendo a privacidade tecnológica e uma ferramenta para a liberdade interpretando a censura como uma anomalia e contornando seus efeitos eliminando o enigma da política, algum dia tornar-se-á numa governança independente que emergirá com uma economia ilógica para o capitalismo.
Entre o possível e o imaginário, nosso amplo sistema nervoso triangulado para abordar os nervos e as sinapses de um universo mutável e caótico, inserido no novo solo fértil da tecnologia moderna, onde as coisas podem crescer, e irá transformar o modo como o ser humano pensa, fala, se comporta, reage e lembra, deixa entrever a possibilidade futura de mudança em nossa mente nos níveis de processamento neuronais, cognitivos e emocionais, e o desenvolvimento das técnicas estruturais dos sistemas científicos, da evolução de ideias fora da mente humana.
Com sua função sem fronteiras, a ‘internet’, transformando nossa capacidade coletiva de procurar nutrir nossa imaginação e curiosidade, altera as maneiras como o mundo se tornou presente para nós e como nos tornamos presente para o mundo com a informação ao alcance dos dedos, mudando a maneira como pensamos sobre informação, conduzindo um novo significado sobre a importância do que falamos, ao desvincular automaticamente os fatos físicos de nossa localização ao longo de um mapa geopolítico ainda desigual, nos tornando presentes de modo vital e existencial em acontecimentos distantes de nós, tornando possível tocarmos em algo que ainda não conhecemos e torná-lo nosso, nos empurrando para o imediato, assim, valorizando o que ocorre agora e diminuindo a relevância do passado e do futuro.