laboratorio

O coração inteiro.

a mente em pedaços.

mania de sofrer todas vez!

mania de amar as amantes...

feito embriaguês;

Bastasse a razão...

pedra de fogo que não se quebra,

mania de amar a paixão!

Pelos camarins da noite

vejo corações vadios;

chega a madrugada só!!

Pelos teatros vazios,

contracena a alma,,

com a solidão

do auto do corcovado;

Pelos bares do baixo Méier,

pelos ares da Penha

por todos os lugares,

em vão,luzes, aplausos;

Sigo pelas ruas

me banho pelos mares;

ainda é a noite,

com suas marés;

É por ali,

pelo silencio e pela lua,

ao som das pedras,

que a mente escreve

sozinha e nua,

o grande laboratório do poeta.

(14.06.2014)

Edmilson Cunha
Enviado por Edmilson Cunha em 08/06/2018
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