Terça-Feira.

"A solidão engendra o original, o belo ousado e surpreendente, o poema. Mas engendra também o inverso, o desmedido, o absurdo e o ilícito"- Thomas Mann-" Morte em Veneza", p. 32.


Quando chega o vento frio e longínquo meu espírito perde-se entre lúgubres memórias. Momentos de angústias que projetam-se na mente, no corpo. O grito feroz da solidão; entre sonos, cansaços- eis o grande algoz da vida.

Pois se a vida é um enredo de significações aleatórias, sem sentido nenhum em si mesmo, o que fazemos quando a subjetividade é tomada por crises agudas de febres, frustrações e melancolias?

Será a morte este sentimento de eterno " não ser"? Mas como pode o fim "nada ser" se encontro densidade quando da morte aproximo-me pela solidão todos os dias?

Enfim, termino os dias gritando dentro de mim mesmo.
Escrever é colocar ordem no holocausto que permeia o espírito.
gbbenfica
Enviado por gbbenfica em 05/06/2018
Reeditado em 07/07/2018
Código do texto: T6356360
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