Uma visão diferente
Em primeiro lugar não quero parecer feminista extremista neste texto, quero apenas relatar algumas situações vigentes em todos os segmentos sociais que me cercam. Vejo a valorização de uma imagem de mulher submissa e sem personalidade em pleno o século XXI, e isso me choca por dois grandes motivos, primeiro por conhecer a luta de grandes mulheres na história e segundo por ter a plena visão que a nossa passagem na terra é rápida e uma constante construção. Não querendo citar banalidades mais irei me prende a isso “o que plantamos aqui; colhemos aqui”.
Nesse cenário, a cada dia me sinto mais estranha e cercada de pessoas inúteis que só estão no planeta para ser massa e ocupar espaço. Me sinto não pertencente a esse século e acabo por me excluir e me recusar ser o que vejo passar pela minha janela. Tenho um conjunto de pensamentos e valores que assustam as pessoas que se aproximam de mim. Dessa forma por um grande período da minha vida tive muito medo da solidão, visto que está assombra as demais pessoas desse mundo; mas, agora faço dela uma grande companhia.
É espantoso a minha afirmação e muitas pessoas interpretam que sou uma pessoa esnobe e não preciso do meu meio social. Hoje em dia temos que nos preocupa com o que falamos e o que as pessoas vão interpretar, já que essa está em falta. Fazemos uma placa da qual dizemos que vamos fazer bolos de cenoura e vender aos domingos e os indivíduos começam a perguntar se fazemos bolos de chocolate e se pode pegar na sexta-feira. Como assim, eu deixei bem explícito o sabor do bolo e o dia do qual iria poder está fazendo e as pessoas leem essa informação mais parecem não compreender ou se apegam ao poder de questionar as informações.
Dizem que vivemos em uma democracia, porém, acredito que vivemos na ditadura das redes sociais, baladas sensacionais, camarotes vips, relacionamentos vazios, famílias de fotos. Explicarei agora todos os mesmos conceitos para que não me entendam mal. Meu colega tem 55 mil seguidores no Instagram, 5000 mil amigos no Facebook, 33 mil no Twitter e na vida chega a quase 100.000. Desses convive com pouca mais de 50 pessoas, sendo que apenas 20 estão com ele nos porres da vida. No final de tudo apenas uma cuida dele numa noite difícil. Apenas uma está com ele nas doenças e nas derrotas da vida. Certamente essa pessoa deveria ocupa o cargo de melhor amigo, certo? Errado. Essa pessoa a é menos assistida de reciproca e atenção.
Com o intuito de um jovem não sofrer bullying ele deve está presente nas maiores festas da sua cidade com presença vip em camarotes caríssimos e ostentação de bebidas que te deixam de ressaca por dias. Nossa um jovem que não bebi é no mínimo extraterrestre, aos olhos de alguns membros da nossa sociedade.
O que falar de uma menina que tem 18 anos e não tem namorado. Seria melhor falarmos da que tem em um primeiro momento. Nos últimos anos as estatísticas demonstram o grande número de abandono nas escolas públicas brasileiras. Grande parte são de meninas na faixa etária de 13 a 18 anos. Essas mesmas compõem outras estatísticas, a de mães muito novas, a de extrema pobreza, a de analfabetismo funcional e a de mulheres entregues ao sistema. São meninas que querem se sentirem mulheres o mais rápido possível. Se entregam a um falso amor; disfarçado de desejos banais. Que usufruem de seus corpos, usurpam suas mentes, destroem seus sonhos.
Olhem bem o que falo “um amor disfarçado de desejos banais”. Ainda acredito no sentimento amor que as pessoas tanto difamam na atualidade. Será que é o amor que o fator que estupidifica? Ou será nós humanos os estúpidos, que não sabemos lidar com os sentimentos. Infelizmente como amante das letras ainda não possuo essa resposta. Um dia quando enfim, me aprofundar na mente humana poderei encontrar esta resposta.
Nessa conjuntura ainda observo a busca dos homens por mulheres sem personalidades. Mulheres de um corpo perfeito e uma mente atrofiada. Os números de homens que se enquadram nessa busca veem aumentando, parece que certos homens não gostam de uma competição saudável. Uma mulher inteligente, um sorriso leve, uma personalidade potente e uma conversação sabia deveria ser mais apreciada na contemporaneidade.
Avistar o mundo assim me faz um ser estranho. Um bichinho a ser estudado pela a Nasa, mesmo essa não sendo sua função. Será que sou de outro planeta e ninguém me avisou. Sou do tipo que gosta de ganhar um abraço da mãe, que leva um tapa se tirar nota baixa na escola. Sou a que faz palhaçada com o pai e falta matar a irmã de raiva. Que cuida daquele tio chato e queria só um abraço daquele membro da família que parece uma pedra. Não me perdir no conceito de família da rede social. Trago minha família bem ativa no peito, será que esse é meu defeito. Deve ser por isso que sou um sujeito de grandes defeitos.