Eu como nunca ninguém viu.
Hoje me fizeram uma pergunta engraçada, por que eu escrevo tantas coisas tristes?
Confesso que já tinha reparado que meus textos são melancólicos e me colocam como a vítima da história.
Mas a verdade é que por trás de todo sorriso, de cada gargalhada tem uma menina querendo ser salva, do que eu ainda não sei, talvez de si mesma.
Eu sou toda fodida emocionalmente, me abalo com uma velocidade absurda e sempre penso que estou fazendo alguma errada, que não sou o suficiente.
Todos os dias quando vou dormir fico pensando nas poucas coisas que me fazem feliz e vejo o quanto sou dependente disso, ficar sozinha é uma porta aberta para pensamentos ruins e ninguém consegue me ver de verdade, ninguém ouve meu pedido de desculpas ou meu socorro, todos só sabem apontar meus erros e defeitos mas não me ajudam a melhorar. Tudo nessa vida é você mesmo quem tem que fazer.
Lutar contra sua própria mente por saber que existem pessoas que te amam é doloroso, fechar os olhos e se ver diante de um penhasco e colocar um sorriso no rosto para proteger qualquer um ao seu redor é quase como tentar arrancar a própria pele sem sangrar.
Ao decorrer do tempo conhecemos pessoas ou vivenciamos situações em que acreditamos que somos fortes e capazes de tudo, mas sempre tem uma coisa que te machuca que faz perder qualquer esperança em si mesma, que faz com que aquele simples degrau suma debaixo dos seus pés, somos fáceis de machucar pois sempre temos uma ferida aberta, somos fáceis de questionar pois até fazendo o certo temos uma bagagem de erros. Mas somos impossíveis de reconhecer, sabemos interpretar um personagem tão bem que as vezes acreditamos na nossa própria máscara e que estamos realmente felizes. Somos fáceis de iludir, e difícil de se comunicar, as vezes só queremos uma pessoa que acredite na nossa evolução, que nos dê a mão mesmo que venha outro erro, alguém que não tenha medo pois já temos de sobra.