Medo e razão
Parei, e me deparei com o sentido.
Via em mim mesmo o medo, que surgia sem fonte, ao acaso.
Me vi preso em mim, me vi acorrentado em minha mente. Que triste fim seria esse, terminar aprisionado a si próprio por você mesmo.
Mas de fato me caiu a ficha, não havia fechaduras, não havia razão, não havia prisão!
Estava eu, me destruindo cada vez mais, ao delirar sobre um calabouço invisível.
Na verdade eu estava num campo aberto, gigantesco, mas não conseguia dar um passo sequer, eu tinha medo...
E como todo ser humano, percebi que me prendia, pelo medo de estar preso, e poderia me libertar, apenas pela vontade de estar livre.
Nunca houve nada, somente a mente, pregando suas peças.