LOJA DE HAMBÚRGUERES

27 de maio de 2018

00:04

finalzinho de mês... estou em minha casa ao som de Johann Strauss, em sua obra "Don Quixote". Eu bocejo e dou suspiros cansados de prazer (sensação de dever cumprido), os ciclos recomeçarão logo em seguida... logo, logo.

Estive numa loja de hambúrgueres (com vocês as chamam??) mais cedo..., eles me serviram a comida desta noite. Eu teria nojo de: cumprimentá-los, abraçá-los, beijá-los, fodê-los, amá-los, tocá-los. Mas, ainda assim aceito de bom grado que eles me alimentem. Vocês já se sentiram assim nas "lojas de hambúrgueres da vida"??? Digo à mim mesmo que se ganhasse na loteria, jamais comeria numa espelunca como essa outra vez, mas sei que é mentira.

Fiz amizade com um artista chamado Léo Rezende. Ele é escritor, tatuador, poeta, dono de um bar e restaurante, e O caralho. Muito mais artista do que eu sou, e do que sempre serei, preciso assumir. Ele vive intensamente essa coisa de SER artista... e de uma maneira natural e nem um pouco alegórica ou narcisista. Têm ideias brilhantes o tempo inteiro, é fantástico observar seu entusiasmo com elas! Somos tipos diferentes de criadores e contadores de história e isso talvez até venha a gerar uma admiração mutua. Ele é pura luz enquanto eu brinco de dar bicudas em quartos escuros.

Além disso, o meu novo amigo, tem um sotaque que faz com que as pessoas queiram escutá-lo mais e mais. Como escritor, eu me sentia sozinho na cidade. No sentido de linguagem e modo de pensar e encarar as pessoas e toda a vida ao redor... agora não mais.