A vida como ela é...
O que é a vida?
Pergunta difícil essa, não é?!
De tempos em tempos sou surpreendido com esse questionamento que surge quando menos espero.
E a cada vez que, na minha humilde insignificância, tento respondê-lo, noto que se torna cada vez mais difícil encontrar um resposta completa, precisa e que me satisfaça, mesmo que por um pequeno momento.
Talvez a vida seja um grande labirinto inexplicável, sabe? Labirinto este que as paredes se desfazem e se refazem a todos os instantes em reconfiguração diversas.
Talvez a vida seja encontros e desencontros, chegadas e partidas, mas que, por mais fugases que sejam, podem, se nos permitirmos, nos tocar no âmago de nossa alma.
Chega a ser cômico, não acha?!
Essa tentativa de controla-la...
Somos tão ingênuos em achar que a vida, em toda sua imprevisibilidade, em toda sua indeterminalidade, em todo o seu caos, possa de alguma forma estar sob nosso controle...
Sim! Eu usei a palavra "caos" para me referir a vida...
Palavra interessante para pensa-la, não acha?
Estamos acostumados a fugir dessa palavra pois nos remete a não ter as rédias de nossa pequena existência em nossas mãos...
Talvez isso se deve à nossa imaturidade, à nossa sede pela ordem, à nossa aversão ao novo, à nossa crença de que em algum momento, alcançaremos esse ideal de controle absoluto...pura ilusão...
O caos pode ser usado em outro sentido...
Pode ser usado como potência. Potência criadora!
Na desordem podemos ver às possibilidades se tornarem quase infinitas...o novo está prestes a surgir...
E, nesse sentido, a vida está repleta de caos...
A vida pode ser comparada a uma breve viajem com começo, meio e fim...e por mais que frequentimente nos preucupemos apenas com o objetivo final, é no trajeto que encontramos a melhor parte...com todas as suas nuances e vicissitudes...
É triste pensar que para muitos a vida pode ser assustadora... inóspita...perigosa...
Não os culpo, sabe? É fato que, infelizmente, passamos por adversidades que frequentemente nos levam a perceber nosso entorno dessa forma...acinzentado...acromático...
Essas situações facilmente podem transformar a vida em algo angustiante, sofrível, doloroso...
Quando consideramos que existem pessoas que se tornam mestres em contribuir para que isso se perpetue, ao não considerar o próximo e todo o universo de sentidos e significados que carrega dentro de seu interior...esse cenário se torna mais triste...
A dimensão da alteridade simplismente é deixada de lado...
Pessoas perversas, não acha?...sinto pena...
Ainda há pessoas que são aprisionadas em "verdades"
construída para que seja possível seu controle. Foram ensinadas a aceita-las como sendo suas de formas irrefutável, inquestionável e diante delas, não se permitem... simplismente não se permitem...
Quisera eu toca-las...abrir seus olhos para o mundo que está bem a sua frente...
Estamos aqui por um momento limitado, entende?
Um piscar de olhos, uma fração de segundos... uma mariposa em sua fase adulta que não passa de um dia...
Sei que irá soar de uma forma clichê...me perdoe por isso...mas... a vida pode ser linda, sabe? Pode ser mais que essa rotina massante, vazia e sem sentido...é possivel encarara-la nessa perspectiva! Não acredita? É, eu também não acreditava...e as vezes me pego titubeando acerca dessa proposição.
Mas isso não a tornar uma mentira...a penas demonstra sua essência...seu dinamismo... seu caos...seu presente...sua surpresa...
Se faz necessária uma mudança... não uma simples mudança... mas uma mudança de posicionamento, de perspectiva.
Devemos estar abertos, sabe? Mudar a forma de olhar, de saborear, de tocar, de sentir...
Sei que muitas das vezes, ficar no centro deste grande labirinto que é a vida, de forma estática, apenas observando suas paredes se desfazerem e se refazerem em configuração diversas, pode parecer mais seguro...mas eu pergunto: a que preço?
O tempo passa sem avisar...e quando ele vem, podemos acabar se arrependendo por não ter vivido a vida em sua plenitude...sem sentir...sem agir...sem sonhar.
É preciso ter curiosidade...é preciso ser como pequenas crianças descobrindo o quintal de suas próprias casas e se encantando com cada pequeno detalhe...explorando aquele pequeno universo...
É preciso sair...sair para fora de si...sair para dentro de si...
É preciso se aventurar...e nesse pequeno longo caminho, tropeçar, cair e levantar, sorrir e chorar, se muchacar e machucar, se curar e curar, pedir ajuda e ajudar...e por fim e não menos importante...amar e ser amado (da)...
Viver é uma escolha!
E como toda escolha tem suas consequências, boas ou ruins...mas independente de quais forem, é um aprendizado...
Temos tão pouco tempo, sabe?
Talvez a vida seja desencontrar-se para que assim possamos nos encontrar.
Não faz sentido?!
É...tavez não faça...mas quem disse que deva ter sentido?
Talvez a vida seja isso...algo passageiro, muitas das vezes efêmero, mas que pode ser rica, profunda e nos marcar por toda uma eternidade...um encontro consigo mesmo e o mundo...