O EQUÍVOCO DAS CRIANÇAS ESPIRITUAIS
Os Cristãos sejam eles os Cristãos históricos, ou os Cristãos nascidos novamente, sabem que Deus estabeleceu duas Alianças com a Humanidade. A Primeira Aliança está baseada na Lei, ou seja, no Decálogo mosaico, que é o alicerce do Ministério de Moisés. O Apóstolo Paulo em suas cartas discorre com clareza sobre as Crianças e os Adultos espirituais, e quanto ao Ministério de Moisés, qualifica-o como o Ministério da Morte.
A Segunda Aliança é o Ministério de Jesus Cristo, e está baseada na Graça, isto é, na Unção do Espírito Santo, obtida por concessão, pela Misericórdia do Pai, pelo Amor e pela Graça do Filho, mediante a Unção Espiritual que se concretiza no Novo Nascimento,
Para se ter uma ideia da importância do Novo Nascimento, ele simplesmente elimina o Ministério da Lei, uma vez que a Lei se desloca das tábuas de pedra e se instala no coração do renascido no Espírito, a tábua de carne, concretizando a Segunda Aliança. Daí em diante, o Cristão renascido escapa da Lei, que não mais é necessária, e ingressa na Graça do Senhor, livre da Lei que ele passa a cumprir na liberdade espontânea da Graça. É preciso compreender que a Lei não foi revogada, mas ela se incorpora intrinsecamente à Graça, que é obtida exclusivamente por concessão.
Essa evolução da Primeira para a Segunda Aliança, depende do Ser Humano apenas e tão somente, no que diz respeito a Mateus 7:7 e Lucas 11;9,10, onde não adianta se acomodar em ficar pedindo e batendo à porta. É preciso procurar com profundidade e persistência, não permanecendo na superficialidade da interpretação de outros. Deus é Singular, tudo Nele é Singular, nós somos Singulares, a Unção Espiritual é Singular, assim como o Novo Nascimento é Singular, e o relacionamento com Deus é Singular. Ninguém pode transferir essa singularidade para quem quer que seja, pois a escolha não nos pertence nem no que diz respeito a nós próprios. (João 15;16) (Lucas 10;20)
As Crianças Espirituais vivem aprisionadas pelas fábulas e genealogias, pelo culto às imagens, pela adoração da rainha dos céus, e a Diana dos Efésios, pelos regulamentos, doutrinas, rituais, relíquias, tradições e sofismas engendrados pela astúcia dos escribas e fariseus da atualidade, preocupados com a homilética, e não com as revelações espirituais, como se o Espírito Santo precisasse de orientação humana, ou da “intercessão da rainha dos céus” para planejar e desenvolver as exortações.
João 3;3,5 – Jesus lhe respondeu: Em verdade, em verdade vos digo que ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo. Em verdade, em verdade vos digo que se alguém não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus.
Certamente o Cristão histórico compreendeu que o “leite” espiritual para as “Crianças no Espírito”, está nas histórias e no decálogo de Moisés e que o “alimento sólido” para os “Adultos no Espírito”, se encontra no sentido substancial das Sagradas Escrituras, cujo acesso somente é possível através da unção do Espírito Santo, no Novo Nascimento.
Moisés simboliza as Leis que foram gravadas nas pedras, os Dez Mandamentos, os quais permitem apenas a fugaz visualização da “Sombra” de Deus, jamais a visão da Sua Glória, jamais o acesso à substância oculta sob o “véu de Moisés”, sobretudo, jamais a entrada na “Terra Prometida”, como o próprio Moisés não entrou. A fase de Moisés, ou da Lei, ficou para trás, estamos na fase de Jesus Cristo, a fase da Graça. (Hebreus 7:18,19)
O Novo Nascimento abre o "corredor" que separa as águas do Mar Vermelho, permitindo a passagem daqueles que estavam cansados e oprimidos no "deserto", conduzindo-os para a Terra Prometida.