Manifesto Capitalista
Comunistas de várias nacionalidades reuniram-se em Londres com o propósito de redigir um manifesto que seria publicado em inglês, francês, alemão, italiano, flamengo e dinamarquês e representaria a síntese de seu pensamento e comportamento.
Publicado pela primeira vez em 1848, o Manifesto Comunista de Marx/Engels declara que:
“A sociedade divide-se cada vez mais em dois vastos campos opostos, em duas grandes classes diametralmente opostas: a burguesia e o proletariado.”.
Essa divisão não existe nos dias atuais, mas os “da esquerda” procuram de todas as formas mantê-la na mente da população simplesmente para ter um banquinho para subir e fazer discurso.
“0 preço médio que se paga pelo trabalho assalariado é o mínimo de salário, isto é, a soma dos meios de subsistência necessária para que o operário viva como operário. Por conseguinte, o que o operário obtém com o seu trabalho é o estritamente necessário para a mera conservação e reprodução de sua vida.”.
O salário médio em Cuba equivale a US$ 29,00. No Brasil ele foi de R$ 2.112,00 em 2017.
Pergunta-se: qual se aproxima mais da definição do Manifesto?
“0 que queremos é suprimir o caráter miserável desta apropriação que faz com que o operário só viva para aumentar o capital e só viva na medida em que o exigem os interesses da classe dominante.”.
Relembrando as experiências que já existiram, qual dos sistemas, Capitalista ou Comunista, trata os indivíduos como meros instrumentos?
“Alega-se ainda que, com a abolição da propriedade privada, toda a atividade cessaria, uma inércia geral apoderar-se-ia do mundo.”.
Os capitalistas daquela época estavam certos. O exemplo mais recente e gritante é mais uma vez a Venezuela,
“Se isso fosse verdade, há muito que a sociedade burguesa teria sucumbido à ociosidade, pois que os que no regime burguês trabalham não lucram e os que lucram não trabalham. Toda a objeção se reduz a essa tautologia : não haverá mais trabalho assalariado quando não mais existir capital.”.
Marx/Engels se referiram aos donos do Capital, que na visão deles não trabalhavam, apenas usufruiam dos resultados do trabalho alheio.
Nos países Capitalistas com forte influência Socialista, como a Itália, Brasil, Argentina, por exemplo, existe uma espécie de burguesia do proletariado, onde o Estado serve de encosto para parcela significativa da população.
Na Argentina, com 43 milhões de habitantes, 4 milhões de pessoas recebem salário do Governo e estima-se que 300 mil simplesmente não aparecem para trabalhar.
Esse é um dos motivos pelo qual aquele país não sai de um histórico marasmo econômico.
“A cultura, cuja perda o burguês deplora, é, para a imensa maioria dos homens, apenas um adestramento que os transforma em máquinas.”.
Levando-se em conta que “as esquerdas” consideram como burguês toda parcela da população que não é “de esquerda” e essa é a maioria, justifica-se a destruição da cultura de um país. Evidentemente escondendo-se o fato de que os doutrinados são os “não-burgueses” que se comportam como zumbis seguindo um líder qualquer.
“Abolição da família! Até os mais radicais ficam indignados diante desse desígnio infame dos comunistas. Sobre que fundamento repousa a família atual, a família burguesa? No capital, no ganho individual. A família, na sua plenitude, só existe para a burguesia, mas encontra seu complemento na supressão forçada da família para o proletário e na prostituição pública.
A família burguesa desvanece-se naturalmente com o desvanecer de seu complemento, e uma e outra desaparecerão com o desaparecimento do capital.”.
Novamente a noção de “inimigos da causa” pode ser aplicada a maior parte da população e dessa forma se justificar providência para a destruição da família. Nesse ponto, as tradições, as religiões e o tradicionalismo em geral são taxados como um mal da sociedade e que deve ser combatido.
“Acusai-nos de querer abolir a exploração das crianças por seus próprios pais? Confessamos este crime.
Dizeis também que destruímos os vínculos mais íntimos, substituindo a educação doméstica pela educação social.”.
Acredito que nessa declarações está bastante claro a intenção de se ter o Estado como principal responsável pela formação intelectual (doutrinação) dos jovens.
Nesse ponto, por um julgamento subjetivo de qualquer agente do Estado, os filhos podem ser repentina e sumariamente retirados da guarda familiar.
Isso pode explicar também a histeria de alguns professores diante da aprovação do programa “Escola Sem Partido”.
As citações acima é apenas parte das declarações do Manifesto, mas servem para mostrar a base da conduta dos movimentos “revolucionários” que tanto nos incomodam e nada constroem, muito pelo contrário.
Como se vê, o Manifesto Comunista, se teve alguma utilidade algum dia, hoje, por um lado, é uma declaração de incompetência de Karl Marx e Friedrich Engels em sugerir soluções para os problemas econômicos, e por outro lado, um guia de conduta para os obstinados que insistem na sua doutrina falida ou para os que querem dominar o mundo a qualquer preço.
Os atuais marxistas só podem ser vistos de uma de duas formas: alienados ou pessoas com grande ímpeto de construir uma nova ordem mundial, onde juntando o poder político com o poder que a posse do capital proporciona, se tornariam líderes absolutos na Terra.