Verbo lumonoso
Amar a si mesmo é um exercício do qual não deveríamos abrir mão.
Amamos quando não deixamos de ser quem somos a fim de atender as expectativas de terceiros.
Amamos quando não negociamos o essencial pelo inconsequente desejo imediato.
Amamos quando reconhecemos nossas fragilidades e encontramos a força necessária para aperfeiçoá-las.
Amamos quando não entregamos o leme da nossa embarcação aos ventos da decadência moral, espiritual e psicológica.
Amamos quando submetemos nossa contradição ao esquadro preciso da harmonia.
Amamos quando iluminamos o recôndito de nossa alma com a luz da verdade.
Amamos quando percebemos o valor do momento extraindo dele o seu néctar.
Enfim, amamos quando mergulhamos nas águas plácidas da paz.
Amamos quando não reagimos impulsivamente aos que entregam-se à maledicência.
Amamos quando percebemos que a dimensão atemporal do amor é a única fortaleza onde nossa alma repousará em profunda serenidade.