Perdão
"...E essa tolerância, esse largeur do coração que a tudo perdoa porque tudo compreende, é para nós como o vento siroco..." ( Nietzsche )
Siroco é o vento quente e seco que sopra do Saara em direção ao norte da África transformando o ar em fornalha e queimando os corações ao seu alcance.
É quase irrespirável, um incômodo: inquietações que apertam o peito e ressecam a garganta; nó apertado de angústias que nem a noite dos sonhos é capaz de desatar.
Não Nietz! Eu não quero perdoar tudo.
Tudo é coisa demais para tolerar sem o limite da consciência indignada e atordoada pela dúvida.
Esse perdão sem fronteiras, deixo para os sacros e santos e a tolerância, uso-a para ainda tentar entender os que erram.
Renata Vasconcelos.