Perdão

"...E essa tolerância, esse largeur do coração que a tudo perdoa porque tudo compreende, é para nós como o vento siroco..." ( Nietzsche )

Siroco é o vento quente e seco que sopra do Saara em direção ao norte da África transformando o ar em fornalha e queimando os corações ao seu alcance.

É quase irrespirável, um incômodo: inquietações que apertam o peito e ressecam a garganta; nó apertado de angústias que nem a noite dos sonhos é capaz de desatar.

Não Nietz! Eu não quero perdoar tudo.

Tudo é coisa demais para tolerar sem o limite da consciência indignada e atordoada pela dúvida.

Esse perdão sem fronteiras, deixo para os sacros e santos e a tolerância, uso-a para ainda tentar entender os que erram.

Renata Vasconcelos.

Renata Vasconcelos
Enviado por Renata Vasconcelos em 03/05/2018
Código do texto: T6326274
Classificação de conteúdo: seguro