O Anseio de querer
Começo ressaltando, como sempre faço
Não sou melhor que ninguém no mundo
Também, porém, não sou inferior em nada
Convicto. Garanto assim: de igual para igual
Que saberá nas escrituras confessionais
E entenderá como falo, quando falo e porque falo
Na lógica do argumento e sem juízo de valor.
Acredite... Reflita, amigo. Hoje é tempo de meditar!
O querer é coisa simples, fato de instinto e infinito
Sendo assim, desde logo, não se espante agora
Sou homem simples de coisas simples
Das coisas humanas; rumo à evolução, por favor!
O que quero é digno de silêncio, como sempre foi
Nada supérfluo: desmedido ou imoral.
O que quero é tesouro dado na experiência
Algo puro, singelo, essencial.
Quero, pois, a felicidade do quarto ao jardim
Quero dizer que amo sem fim e sem medo de ser rotulado.
Quero ser justo e honesto, com todos; tudo na moral
Quero recitar poesias de amor na floresta da vida.
E das poesias não escritas no dia a dia
Tontos pela infeliz realidade social
Com solidão, com multidão vazia
O querer é inocente, é sonho de primavera
É ser homem integral na terra.