Pensamento n°61
Li um livro que fala sobre a vida dos gatos. A perspectiva humana quase abandonada para dar voz àquelas criaturas tão formidáveis. Suas inteligências, bravuras, necessidades; fisicas e emocionais... Ah, vida de gatos. Gatos que tem teto, família, sensação de pertencimento. Assim como os humanos, estão protegidos das intempéries, da fome, do desamor. Porque há quem lhes supra os insumos. E, nesse meio tempo, eles suprem as necessidades dos humanos e se divertem com essas criaturas que andam sobre duas pernas, que acham que são o topo da criação universal e faz o universo girar em torno deles. Conspira a favor, mas não gira em torno. Os gatos são seres sábios. Não pertencem como coisas, são familiares que dividem o espaço e tem responsabilidades dentro de casa; cuidar dos seus humanos. Dar-lhes o melhor que a existência perene pode permitir e receber, em troca dessa convivência de harmonia, alimentos e teto. Eu aprendi. Ofereço à você, como se eu fosse um gato, um ronronar de gratidão, um "roçar nas pernas" de cuidado recíproco, um miau como bom dia e como lembrança de que estou aqui para o que precisar. Como um gato, espicho agora meu corpo, e pulo da cama para um novo dia. 'Bora, porque nada é fácil, e de acordo com a sabedoria felina, é preciso correr atrás logo de manhã...