COMPLEXOS, SIMULACROS, CONVICÇÕES
Os complexos afetivos possuem um grau de autonomia relativo em relação ao ego, que inscreve-se em um complexo egóico, enquanto centro da consciência. Podemos defini-los, em termos bem gerais, como um conjunto de imagens e ideias significativas ou com grande carga afetiva estruturados em torno de um arquetípico. Podemos aplicar a teoria dos complexos não apenas a dinâmica da personalidade individual ( como uma totalidade múltipla e dinâmica), como também a grupos de indivíduos que aderem a esta ou aquela profissão de fé religiosa ou ideológica.
A vida psicológica é um encadeamento de incidentes desconectados que são arranjados teleologicamente pela ação dos complexos. Jung desenvolveu a teoria dos complexos a partir de seus estudos experimentais com associação de palavras realizados na primeira década do século XX.
Apropriando-me muito livremente de sua teoria diria que é o encadeamento e estruturação de nossa economia afetiva, através de um fluxo de imagens, conceitos e fantasias, que definem nossas opiniões mais corriqueiras e experiências, inclusive nossos arquivos minemônicos. Por isso, de modo geral, é muito difícil separar nossas opiniões dos afetos. Opiniões são agenciamentos e não escolhas racionais, a experiência arquetípicos definem a existência como simulacro.