Fronteiras (I)
A pessoa do outro lado te procura. Ela tenta ver a ti de um modo um tanto diferente do qual você faz com ela. Há, sim, uma singela diferença. Porém, visível. E vocês não se encontram, porque há um tipo de estranhamento permeando essa relação. Isso é algo único. No entanto, é quase um fênomeno. Pois sempre ocorrerá quase da mesma forma. Vocês são, ao mesmo tempo, um e outro. E nenhum dos dois se sobressai, se destaca. O espelho é a ponte entre vocês dois. Atrás do espelho, do outro lado do espelho, há o outro que _reflete_ (com) você. Isso é algo para se pensar. À frente do espelho há você. Atrás, o que houver será pura manifestação (gr. _Phainestai_, algo como "o que se apresenta, se mostra, se faz ver").
(Talvez esse parecer tenha continuação mais tarde. TALVEZ...)