Talher Corrente
Empunhe o cabo, com toda força
E numa só mão
Quisera fossem armas a disparar:
Por que um pedaço de chão?
O material é didático? Ciências? Humanos, exatos e naturais?
Pra isso não dá. É teflon, de águas internacionais.
A colher é pra sopa? Dos famintos e mais maltratados que animais?
Não posso. Precisa estar vazia pra tirintar mais.
De ferro então? O peso da construção!
Prata pura! Individual mérito em sua negação.
Então bate. Bate sem parar. Brada comigo: pão, terra, trabalho, saúde e educação!
E quebrar o silêncio ensurdecedor? Quero vozes contidas e panelas altivas. Miséria livre das almas cativas.
Corpos exaustos com olhar profundo.
A sustentar meu amor pelo primeiro mundo.