Talher Corrente

Empunhe o cabo, com toda força

E numa só mão

Quisera fossem armas a disparar:

Por que um pedaço de chão?

O material é didático? Ciências? Humanos, exatos e naturais?

Pra isso não dá. É teflon, de águas internacionais.

A colher é pra sopa? Dos famintos e mais maltratados que animais?

Não posso. Precisa estar vazia pra tirintar mais.

De ferro então? O peso da construção!

Prata pura! Individual mérito em sua negação.

Então bate. Bate sem parar. Brada comigo: pão, terra, trabalho, saúde e educação!

E quebrar o silêncio ensurdecedor? Quero vozes contidas e panelas altivas. Miséria livre das almas cativas.

Corpos exaustos com olhar profundo.

A sustentar meu amor pelo primeiro mundo.

Thiago Mandarino
Enviado por Thiago Mandarino em 20/04/2018
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