LETÁRGICAS ALMAS
O mundo a dormir
E a sonhar
Extasiado em sua fronte... absorta e letárgica
Ah, como o tempo a todos seduz!
Das almas que se cambaleiam entre mil falácias e desenganos
Continuamente
Todavia, não se conhecem
A viverem nas douradas masmorras a que se prendem
E, o que é pior, não querem delas sair
Das incontáveis mentiras que tanto nos confortam
Mas jamais libertam!
A mentira!
Quão poderosa é!
E como é ela amada... ou melhor se diria... idolatrada
A enlaçarem a tantos... desde os primeiros dias do mundo
Ela que não ama ninguém
Contudo, a viver... somente no tempo... (por pouco tempo)
Ainda que em tal grau se persista
(comparando com a Eternidade)
Oh não! Não sobreviverá na Eternidade
Por não ser dela... digna
Por não a merecer
Só a Verdade perdura no tempo
E mais ainda... na Eternidade
Mesmo que não seja de todos conhecida
Muito menos amada
Só a Verdade é para sempre... e também o Amor
Mas nunca os amores... de mentira