Ele sempre estará lá
Lá está ele, sentado em sua cadeira, admirando o céu, e a evolução da cidade.
Lá está ele, como toda a sua graça.
Seus cabelos grisalhos, e sempre um leve sorriso no rosto.
Lá está ele, agora caminhando lentamente em direção ao portão.
Em seguida, um abraço caloroso, "- bença, avô".
Isso não passa de uma eterna memória agora.
Eu sempre admirei sua força, o seu senso de humor.
Como estacionou a vida nos 82 anos, quando na verdade já tinha 89.
A minha memória nunca foi tão boa, mas me lembro muito bem.
Lembro como se fosse ontem.
Me lembro de cada frase que costumava usar com mais frequência, cada abraço, cada sorriso.
"Naquela mesa tá faltando ele
E a saudade dele tá doendo em mim...''
Hoje a cadeira se encontra vazia, mas ele sempre estará lá. Rodeado pela luz que nos transmitia sem esforço algum.
É essa luz que me dá forças, e me conforta quando o peito aperta de saudades. E ela nunca irá se apagar, pois ele sempre estará lá.
Poderia escrever muito mais (e talvez escreva), mas as lágrimas já estão a atrapalhar minha visão.