DEVIR E SIMULACRO

A circulação vertiginosa de signos que se replicam, que se modificam e multiplicam até o limite da saturação, estabelece esta grande rede de significações verbais e não verbais em que se transformou a sociedade. A vida é cada vez mais o seu duplo virtual, seu simulacro.

Somos objeto de nossos enunciados, de nossas fantasias e imagens de mundo. Somos um eu que já não é mais cogito, pois o devir rasga o ser por dentro. Tudo é movimento cego em um espaço que é o próprio tempo.

Escrevemos a vida como cartografia, como rizomática fantasia coletiva que através de nossos corpos inventa a imanência.