O vento, limites e a dança das cadeiras.
Passageira que sou
E sentindo meu limite querendo se expandir
Vi o limite de tudo
Da montanha que pousa como se não quisesse o céu
O Véu como se não quisesse jogar-se no mar
Que chega manso ou tantas outras vezes afoito na terra, mas volta
Porque não pode ultrapassar
Assim como a velocidade nos asfaltos.
Suas multas e o meio fio
O meio termo
O limite natural
O contrato verbal
O hábito do intelectual, que tudo torna cult
Mas só pode ir até ali
Não sei o que fazer com essa caixa de giz e este
Violão
Quando ele ultrapassa, um desastre natural acontece
Limita-se e adoece
O vento, seja forte ou leve, sempre de passagem muda delicadamente tudo
Sem que percebamos
Trocamos de lugar, invertemos os papeis.
Estamos na dança das cadeiras
Alguém puxa para sentar
Depois nós que puxamos
Não existe limite