Jogador nº 1
Na primeira vez que vi o filme “Jogador nº1” fiquei doido. Era justamente uma realidade que eu queria naquele momento. Fugir de quem sou. Poder fazer o que quisesse. E no fim do filme o dono do jogo faz uma revelação em relação à realidade que me fez lembrar Woody Allen, mas ao mesmo tempo não fez sentido para mim, porque eu não queria aquilo, a realidade.
Já na segunda vez, que foi no dia seguinte, tirei algumas conclusões interessantes.
Ele diz que criou o jogo porque não sabia como se conectar com as pessoas no mundo real, que tinha medo, mas que por mais que tivesse medo, nada tirava o real valor da realidade... Não ser ilusão.
O interessante é que eu sei como me conectar com as pessoas na realidade e ainda o meu trabalho faz com que elas se conectem também, pelo jogo! E ele criou um jogo. Toin!
Ainda tem um detalhe. No filme, pode-se ser quem quiser, mas no jogo que eu faço, pode se ser você mesmo. E querendo ou não, por mais incrível que seja seu personagem, ser você mesmo é muito realizador.
Fugir de quem eu sou – fugir da minha realidade.
BOOOOOOOM