Fúnebres relatos humanos
Histórias fúnebres e minhas risadas
Que o tempo leve a tristeza que quer fazer morada
Deixa ela ficar zonza, procurando onde se encostar
Procurando brechas para ficar
Levante rapidamente e
Acenda a luz, amor
Pois tristura logo vira cabra cega
Aperte a mão do irmão
Peça perdão pelo desconforto
Que só fica a encurtar o pavio
Engana a tristeza, como quem tenta deixar o morto com aparência viva
Ah, se eles soubessem que aquele corpo desalmado ai deitado
Tantas vezes já se olhou no espelho e se assustou com sua ausência de vida
E se questionou, em qual das caixas da mudança deixou a alegria?
Desembrulhei desencorajada, aquele jogo de toalha que em outro momento
trouxe animadamente com outras tralhas
Fúnebres engraçados relatos humanos
Que parcela bens materiais por anos
achando que é pouco
Mas, amar à vista que é demais.