PORTA DA TRAIÇÃO
A fumaça que dança no cinzeiro
Como uma víbora que desliza sobre as costas
Olhos fixos, vendados e mascarados
Contemplam as portas trancadas
Amarras, dor e sedução
Teu olhar desconfiado desta guerra santa
Minhas fortalezas consumidas pelo sufocamento
E os olhos são como o vidro de nossa aliança
Fitam à porta à espera do acontecimento
Impulso. Teus lábios: minha perdição
Teus esforços genéricos me obrigam a sair
Eu, nua e ferida por entre duas portas
O muro rasgado: um convite para fugir
Vamos levando nossas vidas opostas
Sua passividade: minha motivação