ARQUÉTIPO DO INFERNO
Esconde-se em meu inferno para aliviar as tuas dores
Abriga seu corpo em minhas chamas a fim de repousar
Refresca-me a língua com o teu dedo molhado
Pois em chamas sou atormentada e lhe atormento
Apenas uma gota não alivia meu ardor em chamas
Nem seus lábios que evitam chegar ao penhasco
Calor intenso e as labaredas nascentes na garganta
Alivia-me a qualquer custo pois sofro da vontade de ti
Descansa no meu corpo infernal e dorme
O mesmo inferno que acolheu teus cadáveres
Um mundo inferior aos teus olhos
Projetado para que sinta-se em algum momento superior
Molhada por tuas lágrimas de destruição eterna
Entre minhas pernas a tua câmara mortuária
Cava a sepultura e depois ressuscita
Esquecendo-me no inferno dos prazeres mortos