Entrelinhas

Atentamente mirei nos teus olhos, a boca enche-se de palavras.

As quais resolvi engolir, o momento não me fez propicio

Isso não ameniza, intenso sentimento que produzira.

Encostei o frontal ao seu para passar emoção!

O tempo não me permite proferir palavras,

Sinto em silencio, enquanto não for possível

Não saberei quando, então limito-me até regurgita-las.

O doce das palavras é viciante em sua presença.

Eu, diabético delas mantenho-me na dieta

Quando possível afogarei todo meu ser a sacia-lo;

Improvável satisfação, quem em abstinência se sacia?

O “momento” me abstém do doce vicio,

Saiba, isso não impede de externa-lo

No fim o silêncio não oculta o que o corpo por si anuncia.