AONDE ANDA O AMOR?
Amplamente reconhecido em nosso caráter dualista, Deus, a física e o amor, têm sido os temas mais pensados no domínio dos corpos e das almas.
A oportunidade de apreciar a vida, rir de nós mesmos e fazer amor com outra pessoa é a fonte da felicidade! Contudo, as fronteiras da racionalidade nos inibem de agir em nosso próprio interesse e daqueles que amamos. E, se essas tendências continuarem, a população mundial diminuirá com a individualidade, um companheiro metafórico para a complexidade e a contrariedade do sentimento.
Atualmente, a virtualidade das redes sociais nos oferece experiências contendo, muitas vezes, a ilusão de companheirismo sem as exigências e responsabilidades da amizade. Também, uma falsa e rápida intimidade que pode levar à intimidação e assédio quando um “amigo” nos desaponta.
Num cotidiano cada vez mais individualista, egoísta e solitário, buscamos satisfazer nosso desejo de companheirismo, confidência, aconselhamento e encontramos na tecnologia relacional alguns elementos que se tornam parte de nossas vidas diárias.
Apesar de a necessidade de conversar sobre o que queremos que o intercâmbio da amizade virtual realize, quando algum aspecto de nossa vida se torna no novo normal, é difícil dialogar sobre algo que parece
uma segunda natureza.
É possível que a ausência de afeto seja um dos motivos que mais incentiva o afastamento entre as pessoas e a busca pela companhia à distância.
Como seres humanos, para nos sentir bem com nossas vidas, precisamos preencher necessidades básicas como abrigo, comida, companheirismo, afeto, sexo, e carências especiais, como a oportunidade para usar e melhorar nossos talentos que nos fazem sentir útil, a afirmação, o respeito do próximo e, o mais importante, que é amar e ser amado.
O amor nos protegendo da velhice, tão cru e honesto em sua tolice e curiosidade, nos afasta da escuridão e nos torna feliz ou filósofos.
Nasceu com o mundo, e solidificou através dos séculos nos dando forças quando somos amados, e coragem quando amamos, justificando tudo o que fazemos para o bem ou o mal.
Os relatos dos poetas, escritores, artistas e filósofos, desde de tempos imemoriais, nos contam da intemporalidade do amor no regozijo da reciprocidade, ou, no lamento do desafeto, como o significado mais nobre da existência, também, da dificuldade de amar e sustentar esse sentimento, considerando a maneira como as pessoas agem e evoluem em seus aspectos positivos e negativos da emoção.
Apesar de parecer que o amor está encolhendo, certamente o método científico, por se afastar do que considera o ilusório desconhecido, não conquistou todas as grandes questões sobre as conjunturas, às vezes satisfeitas, que conduzem a um grande amor e harmonia entre um homem e uma mulher.