NADA É NOSSO... E NINGUÉM É DE NINGUÉM
Da rosa de outrora... hoje apenas uma sombra... uma saudade
Como a pedir a volta da primavera que se foi
Ou os doces acordes do violão que não mais se dedilha
E assim, não se escuta... calou-se!
Oh, perdeu-se...
Foi-nos tirado...
Ao que murmuro em minh’alma a triste sorte em que agora vivo
Não!
Ninguém perde... o que não foi seu deveras
Ninguém tira... o que jamais possuíra
Apenas saiu... e então foi embora
Do que num momento... foi-nos emprestado
Do que num instante... a nós apareceu
De quem estava ali ao nosso lado
Porém sempre a deixar-nos solitários... esquecidos
Embora disso não se percebesse...
Mas finalmente saiu...
Melhor assim!
Ah, que ninguém se esqueça:
No tempo... nada é de fato nosso
Na vida... ninguém é de ninguém