NADA É NOSSO... E NINGUÉM É DE NINGUÉM

Da rosa de outrora... hoje apenas uma sombra... uma saudade

Como a pedir a volta da primavera que se foi

Ou os doces acordes do violão que não mais se dedilha

E assim, não se escuta... calou-se!

Oh, perdeu-se...

Foi-nos tirado...

Ao que murmuro em minh’alma a triste sorte em que agora vivo

Não!

Ninguém perde... o que não foi seu deveras

Ninguém tira... o que jamais possuíra

Apenas saiu... e então foi embora

Do que num momento... foi-nos emprestado

Do que num instante... a nós apareceu

De quem estava ali ao nosso lado

Porém sempre a deixar-nos solitários... esquecidos

Embora disso não se percebesse...

Mas finalmente saiu...

Melhor assim!

Ah, que ninguém se esqueça:

No tempo... nada é de fato nosso

Na vida... ninguém é de ninguém

Estevan Hovadick
Enviado por Estevan Hovadick em 30/03/2018
Reeditado em 15/06/2018
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