INVISÍVEL

Não há um espelho entre meus pertences

Nem mesmo eu sou digna de fitar-me o reflexo

É prudente permanecer-me oculta

Para ser livre e reluzente

Veja-me, mas não me olhe

Tua visão me corrompe e fere

És como o demônio que não pode ser encarado

Preso na face que dilata a retina

Não irei conceder-lhe meu desprendimento

De tudo aquilo que olho, mas não vejo.

Lígia Fatimah
Enviado por Lígia Fatimah em 29/03/2018
Código do texto: T6293965
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