AMADOS 'MORTAIS
Feliz ou infelizmente, os romances longevos, arrastados em parceria, são vivências do passado. A tolerância prazerosa é para contos de histórias resumidas, que podem ser boas ou ruins, porém quase sempre marcantes. Os tempos presentes são de contos romanescos.
Partindo do princípio convencional literário que romance é narrativa longa em prosa, quase sempre com fatos e personagens imaginários, admite-se - e que há registros desde os anos 1100, quando surgiu um dos primeiros romances do mundo - que somente fantasiando consegue-se manter interessante inúmeras páginas decorrentes numa história em torno de um tema.
Entende-se, com raras exceções, serem os romances, mesmo os consagrados pela crítica mundial, chatos, percebendo ao longo da história um esforço do romancista em sustentá-lo com paliativos repetitivos. Fazer-se ouvir em toda uma narrativa extensa é um desafio a que se impõe ao leitor parceiro(a).
O mundo real carece, ao meu perceber, de revisão de conceitos consagradores na literatura contemporânea.
Romances, como na vida real, considerados obras-primas costumam ser distensões de mentiras. Há de se ter maior veracidade ao mantê-lo.
Ler é comunhão no viver.
"Mera opinião de leitora solitária"