GRITOS

Pegadas na areia branca

Onde as dunas engolem almas

Em círculos, eternamente

Embora fosse por quarenta anos

A procura por aquilo que não se perdeu

O abstrato

Pintado por histórias de adolescer

Apaga-se a lamparina

Os caminhos são iguais

Ouve-se os gritos do rio das almas

Em busca daquilo que inexiste

Junte-se a elas!

E grite por toda a eternidade

Na tentativa de precaver

Os que ainda hão de se perder

Eles virão surdos para o que está em volta

Cegos por uma ideologia traiçoeira

Agora só te resta gritar

Lígia Fatimah
Enviado por Lígia Fatimah em 28/03/2018
Código do texto: T6293383
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