Mulheres
Mulheres fragilizadas que fazem novas receitas para viver bem
Que no seu corpo armazena um novo universo
Com novos propósitos que mudará a vida de alguém
A mulher cheia de beleza que com sua gentileza cuida dos filhos da hora que acorda até a hora de ninar
A que coloca a roupa na máquina e desfila pela sua casa com roupa de curtir
Pois a noite é preta e maravilhosa, parafraseando Sapiência.
Tome ciência, sente como quiser.
Toda tendenciosa esbanjando sua boca carnuda e a malemolência na cintura
Mulheres que estendem as mãos a outras mulheres, as donas de casa, são donas do mundo
Sempre mudo de opinião com a chegada de uma delas
Que atravessaram com seus pés descalços do pelourinho até a sala de estar
segurando bandeja sem receber gentileza
adentram a cozinha e vão para a senzala que lá é o seu lugar
Veja a elegância da preta, que sabe qual tempero colherá
Veja a elegância da parda, que fala orgulho ter
Veja a elegância da branca com seu ar blasé
Veja a mulher, mãe solteira que carrega teus 3 filhos
De pais desconhecidos por vocês
Veja o brilho dos guris que brincam com sua tia, sem ter noção do que é homofobia
Mulheres nos campos, nos ares, nas boates
Mulheres nas telas pinceladas
Mulheres cantadas
Mulheres palavreadas
Mulheres sentadas na sala de estar
Recebendo outra dose de Whisky antes da refeição
Mulheres crochês
Mulheres crush´s