MEDOS
(Sócrates Di Lima)
Medos,
quem nunca os teve...
Nas nuances
de uma madrugada qualquer
em um substrado dos sentidos,
onde o despertar faz a insonia
e esta ouve os passos do silencio,
talvez da agonia,
de uma solidão
de um,
de dois...
Os medos tremulam,
faz a impotência do querer,
O fazer se esconde,
ai,
é melhor arrumar o travesseiro,
ajeitar o corpo na cama,
falar com Deus,
e tentar dormir,
a espera do amanhecer,
de um novo dia,
onde o silencio
já não mais incomodaria,
longe da sonda da tristeza,
de sentimento qualquer,
que insiste em nos pegar
ao longo de uma noite,
madrugada adentro.