THEOSOPHIA
A Theosophia não estabelece dogmas, cultos, solenidades, templos luxuosos, rituais, imagens, símbolos, ou quaisquer procedimentos exteriores por parte dos homens, senão de alguma forma, orientar o Teósofo na colocação dos conhecimentos teosóficos, graciosamente recebidos sem nenhuma interferência humana, onde possam ser encontrados por aqueles que espontaneamente os procuram, penetrando nas suas profundezas, e obtendo-os da mesma forma que foram obtidos pelo responsável pela sua exposição. O seu fundamento é a lealdade à Verdade e à Justiça, e o seu ritual é honrar essas Virtudes Fundamentais, através das ações em todas as circunstâncias, tendo-as como essenciais.
Os conhecimentos teosóficos integram um sistema que se autocontém, intrinsecamente, onde ocorre a fusão do Conhecimento e da Sabedoria Divina, abrangendo aquilo que entendemos na nossa cultura, como religião e ciência, tendo como origem as revelações espirituais, que ocorrem como insights, independentes da vontade e das ações humanas, cujos insights eclodem na mente e no espírito dos homens, conferindo-lhes a capacidade de compreendê-los e de exteriorizá-los, para que outros, com a elevação espiritual compatível, possam também absorvê-los, tornando-se novos agentes na propagação do seu conteúdo.
A Theosophia se identifica com a Segunda Aliança, fundamentada apenas na Doutrina da Graça, o que torna impraticável a intromissão da astúcia humana, na fundação de instituições voltadas para a exploração comercial da fé, como se observa na Teologia, por exemplo.
Não se deve confundir o agente humano da divulgação dos conhecimentos teosóficos, com quaisquer indícios do sofisma, como ocorre com os supermercados teológicos da fé, onde atuam os sofistas prestidigitadores das palavras. Por isso, esse agente é o Teósofo e não o “teosofista”, assim como não existe também o “teosofismo”. Com efeito, o maior Teósofo foi o sapateiro alemão Jacob Boehme (1575-1624), que nos deixou preciosas obras, como “Aurora Nascente” e “Os Três Princípios da Essência Divina”, entre outras, que recomendamos para aqueles que desejam se aproximar dos conhecimentos teosóficos.
Como a maior divulgadora da Theosophia, tivemos a mais persistente estudiosa do sistema teosófico, a russa Helena Petrovna Blavatsky (1831-1891), fundadora da Sociedade Teosófica e autora de A Doutrina Secreta, um grande resumo do desenvolvimento da Theosophia.
Como um modesto participante dos meandros teosóficos, temos entre os nossos textos, o Tratado “Dez Breves Lições da Theosophia”, à disposição dos nossos companheiros do Recanto, eventualmente interessados em conhecer ou se aprofundar no sistema. Sejam todos bem-vindos, honrando-nos com suas visitas.