Incógnita
Quem começou isso fui eu
Sei que nada muda o que aconteceu
Três vezes é pouco pra entender
Tende ao infinito o meu jeito de aprender
Sou só mais um entre a multidão
Sou da Segunda Geração do Romantismo
Velho, novo escritor
Que marca o papel da sua alma com sua dor
E anda tropeçando por aí
As palavras pesam e dá pra sentir
Os olhares alheios a perseguir
Todo aquele que não tem um caminho pra seguir
Mas eu sigo mesmo sem saber o por que
Continuo insistindo em algo que me faz sofrer
Estranho sigilo, não quero comigo
Não me importo mais em viver em perigo
Bem até faria se eu fizesse alguma coisa
Além de escrever cartas e rasgar algumas folhas
Rabisco o meu céu de cinza pois já tá tudo nublado
Daqui a pouco chove e vai ficar tudo alagado
O tempo marca o passo e o espaço-tempo eu marco
Sei que o futuro muda de acordo com a escolha
Bem que eu queria fazer mais algumas coisas
Bem que eu queria não ter medo dessas coisas
Apesar de tudo tô aqui
Nada me impede de sorrir
Mesmo que eu não tenha mais o que
Me mantém constante por aqui
Às vezes eu me canso de correr
E me olho no espelho, tento ver
Se ainda sou aquele que eu fui
Se nos meus olhos dá pra ver alguma luz
Que brilha mesmo sem saber o por que
Insistindo ainda mais naquilo que me faz sofrer
Nada me importa
Mas me importa tudo
Aparento ser mais uma simples incógnita no mundo
Ficar ou partir cabe a você
Posso partir-me ao meio por não saber te dizer
Confuso instinto
Ao nada declino
Confesso, me importo mais com você do que comigo
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