____________________MOMENTO DE DELICADEZA

Em meu momento de delicadeza, digo : na verdade, querendo mais que tudo se foda! Para começo de conversa.
Depois, aprendi que, desde que o mundo é mundo, o homem segue fazendo cagada atrás de cagada. Paz? Só quando não houver mais um ser humano sequer!
Ah, existe sim, uma realidade muito bonita, é possível cavar fácil em busca de momentos lindos (entre os humanos). Mas eu tô numa travessia, um tanto estranha, confesso, que não me esforço mais em nada para trabalhar o amor pelos humanos. Eu sei, isso é péssimo (ou não).
A mãe natureza é uma índia velha e cansada (triste fado), acocorada e de saco cheio de ver surgir de suas entranhas a criatura mais nociva deste planeta: o ser humano, claro. Se eu fosse ela, não permitiria mais, trancaria as pernas, empinaria a espinha e seguiria adiante, sem parir esse amontoado tóxico de carne e ossos (feito à imagem e semelhança, onde Deus estava com a cabeça?).
A mãe natureza precisa parar (apenas com o ser humano) em seu ciclo de parideira; filho ingrato que reclama do arroz e do feijão que lhe é servido, e rosna com sua boca pavorosa e nem mesmo enxerga a face cansada de sua mãe.. Filho que nunca cresce e desconhece o esforço que faz a mãe para vê-lo nascer. Não merece a mãe que tem nem o mundo em que habita.
E se Deus reclamasse ainda, ah! Deus vaidoso! Humm que maneira divertida de exercitar a criatividade, deixe-me ver: se Deus for bem no estilo romântico, uma arcabuz ou uma bacamarte; e se vier com aquele gênio, uma bazuca; ou talvez monte algo bem personalizado, consultando o kit: alavanca, alça de mira, coronha, carregador, gatilho, cano...

 
oOoll NOTURNA lloOo
Enviado por oOoll NOTURNA lloOo em 16/03/2018
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