Poupar os versos

Cada verso que rasgo nada modifica as palavras nunca ditas que o tempo cobrou. Adiante a temperatura é quente e o verso frio, residente desconhecido de teu universo sem portas, não achou nenhum cobertor, assim tem que deitar-se sem nenhuma proteção, sobre tuas ruas largas sem nome.

Cada verso que rasgo faz grande a minha queda. Cada verso que rasgo, às vezes deixa pensamentos soltos entre duvidas que nem chegamos a gastar. Subimos os montes distantes demais dos nossos horizontes. Na frente das tropas que tem todos os soldados em cinza e as cidades cercadas.

Enquanto se tem nos dias claros as águias e nas noites as estrelas, há uma opção, poupar os versos, e não rasgas-los a solução.

Jane. 20/08/05. 11h48min.