Dor

Te sinto quando em nada te preciso

Mas de forma precisa tu me assolas

Me faz sentir o quanto humano eu sou

Desumanamente te sinto bem perto

Meus olhos não podem contemplar quão grande é tua crueldade

Seu trabalho é me ferir e me ensinar

fazendo sentir que tu és necessária

Todos os dias me dizes que se te venceres não sereis mais humano

Condenado estou a ter encontros

Contigo enquanto eu viver

Naturalmente és antes da vida

Na morte tu se torna majestosa

Com apenas um movimento machuca de forma coletiva reproduzindo sua esterilidade sem prévia escolha

Em todos os tempos obrigado sou a tirar o chapéu pra ti minha nobre professora.