"Sepulcro Caiado"

Estereótipo, arquétipo, protótipo.

Ele é o padrão da beleza aceitável.

É a cópia original da aparência em apreciação...

Esquizofrênico, aquele tipo, pró tópico.

Este é o vilão. Dá tristeza aceitá-lo.

É a sobra no final do desprezo em depreciação...

Quem dita as regras da beleza senão nossa própria incoerência?

Qual o padrão para medir nossos critérios de aparência?

Quem é mais belo do que o outro enquanto mero comparar?

Qual conceito de beleza nossos olhos vão aprovar?

Exterior, sujeito à lei da gravidade e à inevitável oxidação.

Interior, perfeito, entregue a verdade e à inquestionável aceitação.

O corpo sempre degradante, é vaidade enaltecer.

Quem somos sempre é relevante e a idade é só vencer.

Quem toma as rédeas da avareza

Enquanto há tanta interferência?

Qual o ser pensante capaz de assumir tamanha contingência?

Quem é que aceita um tipo torto enquanto um prumo aguardar?

Em qual fonte da juventude nós mortais vamos nadar?

Estereótipo, arquétipo, protótipo.

Ela é a expressão visual contemplável.

É a cópia sem igual, parece ate pintada à mão.

Esquizofrênica, aquele tipo, pró tópico.

Ela é um canhão da feiúra desprezável.

É o que sobra no final de quem não enxerga coração.

Mateus 23. 27 (Bíblia Sagrada)

Harlen Ribeiro
Enviado por Harlen Ribeiro em 09/03/2018
Reeditado em 09/03/2018
Código do texto: T6275034
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