Sensibilidade feminina
Por mais que as coisas se repitam nunca serão as mesmas...
A cada olhar, a cada sorriso, a cada expressão pensada, falada, imaginada ou vivida nunca será a mesma...
Nossos pensamentos viajam na velocidade da luz... Em frações de segundos entrelaçam tempos, paisagens e enigmas...
Nossa sensibilidade motivada pelo som, pelo toque, pelo sussurro, pelo suspiro, pelo grito, pelo olhar... Por todas as divagações do sentir, trazem à tona as inquietudes do querer.
A cada atitude um novo gesto. A cada gesto uma nova expressão...
Em cada momento, um momento. Único!
Essa capacidade de poder sentir o que nem sempre está diante dos olhos é algo que transcende a natureza física dos homens. É algo em que se permite viver o pensar sem ao menos torná-lo real.
São dualidades que se digladiam, mas que também se permitem convergir e dialogar...
São loucuras que permeiam o imaginário pensado, às vezes até fragmentado de razão, mas repleto de sensibilidade.
Um ser tão “frágil” e tão Forte que liga elos e pontes, heranças e tradições...
Que fala com olhos e gestos, que afaga e que devora. A ovelha e a leoa vivendo em uma mesma seara.
Um ser incompleto como qualquer outro ser, mas que nos torna vazios com sua ausência em nossas vidas, deixando-nos inexpressivos em nossa forma de viver.
Essa linguagem cheia de dualidades e de crises de sentido, nada mais é que a sensibilidade feminina, que almeja aos olhos de quem a deseja alcançar.
Olhando de fora é vista como crise, sentindo por dentro são expressões de vida...
Vida e crise são reflexos das ações humanas, por sermos humanos ou por nos tornarmos humanos e reconhecermos que somos seres incompletos, necessitando humanizar nossa própria natureza de viver...
A vida ou a sociedade lhe impôs uma carga tributária expressiva que não se desvincula dos espaços “conquistados”. Isso não é uma ilusão de óptica. São reflexos do real vivido...
Mas assim como um humor oscilante, a alegria de viver e de superação também parecem ser maiores.
Isso é que falam todos os sorrisos em seu momento de expressão.
Impossível desmistificá-la!
Recife, 08 de março de 2018.
Luiz Carlos Serpa