Na sua sala
Entrei, pois a porta estava aberta, desculpe a ousadia por não tocar a campainha...
Sinto já de casa e sendo assim tão intima creio que posso entrar sem bater.
E ao entrar deparo-me com uma sala bem acolhedora vi de frete para mim uma velha poltrona aconchegante, daquelas que abraça agente quando sentamos. – Vejo uma mesinha de centro com algumas marcas de fundo de copos ou somente algumas xícaras de café que foram servidos para as visitas.
Olho rumo a janela, logo simpatizo com as cortinas que fazem combinação ao tom pastel das paredes, que são enfeitadas com quadros pendurados e um deles uma linda paisagem onde é transmitido a paz de um lago sereno e claro.
Vejo livros na estante que sinto uma súbita vontade de folheá-los e como já sou de casa, ainda o farei.
Sinto-me tão bem aqui na sua sala que nem vejo as horas passarem, nem me lembro dos problemas que tenho para resolver, muito menos sinto vontade de ir embora... – De tudo que sinto aqui na sua sala a melhor de todas é claro a sua companhia, sua risada solta e seus olhos fixo em mim, que algumas vezes me deixam encabulada, fico imaginando um leve rubor nas faces de tão galante e gentil que és.
E diante todo seu galanteio e carinho fico feliz ao seu lado e nossa conversar por mais boba que seja faz bem e sem vontade de sair, mas é preciso ir... – Num impulso solevanto-me para me despedir e claro não pode faltar aquele abraço apertado, aquele que se espreme os seios e faz-me soltar um suspiro!
No entanto só vou embora quando ouço de ti, “Volte sempre”, eu respondo; - sendo para batermos um papo assim tão bom, é claro! Que eu volto.