viagem ao centro do ego

é no atinar da reflexão

que a imaginação vai vagar

despojada de ação,

tecendo a sua ilusão.

o sonho de frustração

vive agora na memória

de mais um peão...

ninguém vai além

da sua imaginação.

joão ninguém:

ninguém é de ninguem...

vai dizer isso a josé,

quiçá, ache que dá pé.

cuidado com o pontapé

daquele zé mané,

que sempre pensa

ser o quê não é...

viver, apenas viver

uma vida serena,

ao sereno de serenata

plena ao eclodir duma paixão

morena nessa velha arena.

simples, simplória vida

que deixa a alegria

refletida numa tarde fria

com ideias intrometidas.

espraiando pela areia quente,

despojando à velha serpente.

ser pente de cabelo duro

haja dente, haja dente

que se arrebente...

pensar é dom divino.

a palavra que mata

o grossário do grosso

provoca o destroço

no coração sensível.

a arrogância é a ânsia

anciã de se firmar

na frustração cabal.

provoca grande mal

e mata o seu irmão

pela fala altiva

da ignorância passiva.

há o doutor com petulância

a espezinhar o ouvinte nobre.

há o rico-pobre a pisar

no pobre-nobre.

o feijão cria de tudo,

até o sobretudo

da empáfia humana.

jbcampos
Enviado por jbcampos em 28/02/2018
Reeditado em 28/02/2018
Código do texto: T6267158
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