viagem ao centro do ego
é no atinar da reflexão
que a imaginação vai vagar
despojada de ação,
tecendo a sua ilusão.
o sonho de frustração
vive agora na memória
de mais um peão...
ninguém vai além
da sua imaginação.
joão ninguém:
ninguém é de ninguem...
vai dizer isso a josé,
quiçá, ache que dá pé.
cuidado com o pontapé
daquele zé mané,
que sempre pensa
ser o quê não é...
viver, apenas viver
uma vida serena,
ao sereno de serenata
plena ao eclodir duma paixão
morena nessa velha arena.
simples, simplória vida
que deixa a alegria
refletida numa tarde fria
com ideias intrometidas.
espraiando pela areia quente,
despojando à velha serpente.
ser pente de cabelo duro
haja dente, haja dente
que se arrebente...
pensar é dom divino.
a palavra que mata
o grossário do grosso
provoca o destroço
no coração sensível.
a arrogância é a ânsia
anciã de se firmar
na frustração cabal.
provoca grande mal
e mata o seu irmão
pela fala altiva
da ignorância passiva.
há o doutor com petulância
a espezinhar o ouvinte nobre.
há o rico-pobre a pisar
no pobre-nobre.
o feijão cria de tudo,
até o sobretudo
da empáfia humana.