Paixão
Sua herança filosófica e contribuição para os ensinamentos democráticos não se resumem apenas na frase a seguir, mas Platão nos ensinou:
”Não há nada de errado com aqueles que não gostam de política, simplesmente serão governados por aqueles que gostam.”
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Até aí tudo bem, mas surgem aqueles que gostam demasiadamente, cegando-os para a realidade sobre aquilo que fazem em nome da política, ou visando poderes plenipotenciários.
Essa sandice já é o que podemos entender como “paixão” política.
Pensando e vivenciando isso, vem o Nelson Rodrigues e arremata:
“Nada mais cretino e mais cretinizante do que a paixão política. É a única paixão sem grandeza, a única que é capaz de imbecilizar o homem.”
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Já George Orwell captou na política algo relativo à forma e a linguagem, numa vertente em que ela se manifesta, e que hoje percebemos nitidamente. Deixou essa impressão assim:
“A linguagem política, destina-se a fazer com que a mentira soe como verdade e o crime se torne respeitável, bem como a imprimir ao vento uma aparência de solidez.”
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A “paixão política” faz com que os ensandecidos acreditem nos seus ídolos sem maiores análises. Estão inebriados pela liderança inconsequente, a qual “martela” suas mentiras e seus liderados a repetem incansavelmente por todos os meios. O mais incrível é que grande parte dessa trupe (supostamente) possui uma boa (?!?) formação, estão nas universidades, nas grandes empresas, nos meios de comunicação e na representação da população. Agem como apaixonados e se fecham para a realidade a sua volta.
Bom domingo, minha gente!
MAP 25/02/2018